Cármen Lúcia cobra rede nacional de proteção e ação imediata do Judiciário contra violência à mulher

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia defendeu a criação de uma rede nacional de proteção às mulheres e pediu atuação “urgente” do Judiciário no combate à violência de gênero. A posição foi exposta em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida na noite de domingo, 7 de dezembro de 2025.

Segundo a magistrada, a falta de locais seguros de acolhimento faz com que vítimas retornem ao ambiente onde sofreram agressões, aumentando o risco de novos ataques. “Se uma mulher é agredida e não tem um espaço de acolhimento, ela tem de voltar para casa e, às vezes, a agressão é maior”, afirmou.

Cármen Lúcia também ressaltou que o medo de represálias impede muitas mulheres de denunciar os agressores. “Ela fica com medo até de denunciar e permanece submetida às violências”, disse.

Para a ministra, a rede de proteção deve combinar prevenção, acolhimento e combate contínuo às agressões. Além disso, defendeu investimentos estruturais em educação como instrumento essencial para mudar a cultura de violência. “É preciso que a sociedade e o poder público, especialmente o Ministério da Educação, atuem juntos para transformar esse cenário”, declarou.

As declarações ocorreram enquanto comentava o caso de Taynara Souza Santos, 31 anos, atropelada e arrastada por um quilômetro na zona norte de São Paulo em 30 de novembro.

Com informações de Poder360

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