A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu afastamento temporário da presidência do PL Mulher por recomendação médica. Em nota divulgada nas redes sociais na segunda-feira (8.dez.2025), ela informou que vinha enfrentando problemas de saúde que se agravaram após a prisão do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e “constantes injustiças” dirigidas à família.
Segundo o comunicado, a queda de imunidade motivou a interrupção das atividades partidárias. Não há prazo definido para o retorno.
Evento adiado
Com o afastamento, o encontro do PL Mulher marcado para 13 de dezembro, no Rio de Janeiro, foi adiado para 2026, provavelmente em abril, de acordo com a legenda.
Contexto
Jair Bolsonaro foi preso preventivamente em 22.nov.2025, após tentativa de violar a tornozeleira eletrônica durante prisão domiciliar. Três dias depois, passou a cumprir pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado, acusado de tentativa de golpe de Estado.
A saída temporária de Michelle ocorre poucos dias depois de o PL lançar a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República para 2026. O anúncio, feito pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, teria partido do próprio Jair Bolsonaro.
Desentendimentos internos
Recentemente, Michelle e os enteados Flávio, Eduardo (deputado federal), Carlos (vereador) e Jair Renan (vereador) divergiram publicamente durante evento do PL Mulher no Ceará. Na ocasião, a ex-primeira-dama criticou negociações da sigla para apoiar Ciro Gomes (PSDB) ao governo estadual, lembrando a oposição histórica de Ciro ao ex-presidente. Os filhos de Bolsonaro reprovaram a declaração, e a direção do partido cobrou alinhamento de discurso.
Imagem: Internet
A ex-primeira-dama reiterou, depois, sua posição contrária a uma aliança com Ciro Gomes, afirmando respeitar os filhos de Bolsonaro, mas mantendo opinião diferente.
Por enquanto, a presidência do PL Mulher não informou quem assumirá as funções durante o afastamento de Michelle.
Com informações de Poder360

