David Vélez admite estudar aquisição de banco para obter licença bancária

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O presidente do Nubank, David Vélez, afirmou nesta terça-feira (9.dez.2025) que a fintech pode comprar um banco no Brasil para atender à nova regra do Banco Central que exige licença bancária de instituições que utilizem a palavra “banco” no nome. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil.

“É possível”, disse o executivo ao ser questionado sobre a estratégia. “Temos histórico de cumprir 100% das regulamentações; portanto, vamos buscar uma licença bancária, seja por aquisição ou solicitando uma do zero.”

Debate tributário

Vélez rebateu críticas de que fintechs pagam menos impostos. Segundo ele, o Nubank desembolsou R$ 8,2 bilhões em tributos em 2025, o que representaria uma alíquota efetiva de 32%, contra média de 12% nos bancos tradicionais.

O comentário ocorre enquanto o Senado discute um projeto que eleva a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs e casas de apostas. O texto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) prevê, para quem paga 9%, aumento para 12% em 2026 e 15% em 2028. Onde a alíquota já é de 15%, a cobrança subiria para 17,5% em 2026 e 20% a partir de 2028.

O executivo defendeu concentrar o debate na carga efetiva de impostos. Como alternativa, sugeriu estabelecer alíquota mínima efetiva de 17,5% para todas as instituições financeiras, limitando o uso de mecanismos de redução tributária.

Resultados da fintech

O Nubank registrou lucro líquido de US$ 782,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 39% em relação ao mesmo período de 2024, estabelecendo recorde histórico para a companhia. Em 12 anos de operação, a empresa afirma ter trazido mais de 110 milhões de pessoas para o sistema financeiro brasileiro.

Com informações de Poder360

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