Marcas fora do eixo Rio–SP–DF somam R$ 1,34 trilhão em 2024, diz estudo

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Um levantamento do Cenp (Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário) identificou 370 marcas sediadas fora de Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal que, juntas, registraram faturamento superior a R$ 1,34 trilhão em 2024. O montante representa mais de 10% do Produto Interno Bruto brasileiro do ano passado.

O estudo, batizado de Brasil Plural e elaborado em parceria com a consultoria Troiano Branding, analisou empresas estabelecidas nos 11 estados de maior PIB, excluindo-se os três principais centros econômicos do país. Foram avaliadas marcas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Pará, Mato Grosso, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo, unidades federativas que concentram 51% da população nacional.

Critérios de seleção

Foram classificadas como marcas nacionais aquelas que atuam em pelo menos sete estados; as demais, presentes em até seis unidades da Federação, entraram na categoria local. Em ambos os casos, origem, sede e centro operacional precisaram estar no estado de referência.

Os nomes foram extraídos dos rankings Valor 1000 e Exame: Melhores e Maiores, que listam empresas de destaque em receita líquida, desempenho financeiro e sustentabilidade. A pesquisa também considerou a relevância da comunicação com o público e a capacidade de criar vínculo com consumidores.

Setores predominantes

Dos 370 negócios mapeados, 174 pertencem a agronegócio, alimentos, bebidas ou indústria. O agronegócio lidera com 64 marcas, seguido por alimentos e bebidas (58) e indústria em geral (52). O varejo geral aparece com 48 empresas, enquanto o varejo alimentício soma 44.

A maioria é de capital fechado e gestão familiar. No recorte por tipo de público, 45% vendem diretamente ao consumidor final (B2C), 34% fornecem para outras empresas (B2B) e 21% atuam nos dois modelos.

Destaques estaduais

O Cenp selecionou duas marcas por estado — uma local e uma nacional — que aliem elevado faturamento e forte presença de comunicação:

  • Goiás: Comigo (local, agronegócio) e Piracanjuba (nacional, alimentos e bebidas)
  • Mato Grosso: Credisis (local, serviços) e Amaggi (nacional, agronegócio)
  • Bahia: Atakarejo (local, varejo alimentício) e Larco (nacional, energia)
  • Ceará: Grande Moinho Cearense S.A (local, alimentos e bebidas) e Hapvida (nacional, serviços)
  • Pernambuco: Grupo Olho D’Água (local, energia) e Petronac (nacional, energia)
  • Pará: Grupo Líder (local, energia) e Alubar (nacional, indústria)
  • Espírito Santo: Unicafé (local, agronegócio) e Comexport (nacional, logística)
  • Minas Gerais: DMA Distribuidora (local, varejo alimentício) e Localiza & Co (nacional, serviços)
  • Paraná: Grupo Muffato (local, varejo alimentício) e Grupo Boticário (nacional, indústria)
  • Rio Grande do Sul: Zaffari (local, varejo alimentício) e Lojas Renner (nacional, varejo geral)
  • Santa Catarina: Cooperalfa (local, agronegócio) e BRF (nacional, alimentos e bebidas)

De acordo com Regina Augusto, diretora executiva do Cenp, o objetivo do levantamento é traçar um “mapa” das principais marcas que movimentam os mercados locais e nacionais fora do principal eixo econômico do país, destacando como constroem conexões com seus públicos.

Com informações de Poder360

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