Eduardo Bolsonaro visita soldado israelense investigado pela Justiça brasileira

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Em viagem a Israel, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se encontrou nesta sexta-feira (5.dez.2025) com o soldado Yuval Vagdan, alvo de um inquérito no Brasil por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. O parlamentar divulgou um vídeo de 1 minuto e 8 segundos nas redes sociais agradecendo o militar “pelo sacrifício na guerra” e afirmando que, no Brasil, “a maioria apoia Israel”.

Durante a gravação, Eduardo criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que o chefe do Executivo “apoia o Hamas”. O governo brasileiro nega qualquer apoio ao grupo palestino e afirma que sua posição busca proteger civis e preservar o direito humanitário.

Investigação no Brasil

Yuval Vagdan foi alvo de um procedimento na Justiça do Distrito Federal, aberto a pedido da organização belga Hind Rajab Foundation (HRF), que o acusa de participar da demolição de casas de civis em Gaza. Como o Brasil é signatário do Tribunal Penal Internacional (TPI), o caso tramitou em território nacional.

O militar estava de férias na Bahia quando o inquérito foi instaurado, em janeiro. Antes de qualquer ação direta da Polícia Federal, ele deixou o país em um voo para a Argentina. Em julho, declarou ter recebido ajuda do serviço de inteligência israelense, o Mossad, para sair do Brasil.

Declarações do deputado

No vídeo, Eduardo Bolsonaro afirma que, após a partida de Vagdan, conseguiu “expor a pressão legal terrorista” contra o soldado e que o juiz responsável encerrou o processo. Segundo o parlamentar, a decisão representou “uma derrota para o Hamas em solo brasileiro”. Ele concluiu a gravação dizendo que “todos podem agir contra o terrorismo e o antissemitismo”.

O encontro ocorreu em meio a críticas do governo Lula às operações militares de Israel e aos atritos diplomáticos entre Brasília e Tel Aviv registrados em 2024 e 2025.

Com informações de Poder360

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