Papuda abriga 462 presos ligados a PCC, Comboio do Cão e Comando Vermelho

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O Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, reúne atualmente 462 detentos que se identificam como integrantes de facções criminosas. Até 4 de novembro, a população carcerária declarada faccionada era formada por 206 membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), 183 do Comboio do Cão (CDC) — grupo local — e 73 do Comando Vermelho (CV).

Estratégia de convivência imposta pela Polícia Penal

Ao contrário de outros estados que separam facções em unidades diferentes, o Distrito Federal adota a política de manter grupos rivais lado a lado. Segundo o delegado Jorge Teixeira, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do DF, a prática dificulta a cooptação de novos integrantes dentro do presídio, pois impede que uma facção domine o ambiente prisional.

“Aqui em Brasília não existe presídio só do PCC ou do CV. A mistura é justamente para frear a expansão de uma e de outra”, afirmou o delegado.

Operações Concórdia II e Occasus

No dia 4 de dezembro, a Polícia Civil do DF deflagrou duas operações simultâneas para conter o avanço do PCC na capital. As ações mobilizaram 110 agentes, responsáveis por cumprir 25 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em Samambaia, Santa Maria, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas e Núcleo Bandeirante, além de endereços em Valparaíso (GO) e em unidades prisionais do DF.

Durante as diligências, investigadores apreenderam bilhetes que detalhavam a atuação de células independentes do PCC dentro da Papuda. De acordo com Teixeira, os documentos mostram o esforço dos presos para recrutar novos membros e expandir a facção na região.

Em Valparaíso, os policiais encontraram o símbolo Yin-Yang — associado ao PCC — pichado em uma parede da residência de um dos alvos da operação.

Com informações de Metrópoles

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