Brasília – O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, garantiu nesta terça-feira (2.nov.2025) que a exclusão de itens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não interfere na confiabilidade dos resultados.
Durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Palácios disse que “a eliminação de três itens, ou de qualquer outro número, não afeta a produção do resultado”. Segundo ele, a pontuação obtida pelo participante não é fruto de simples soma de acertos, mas de uma estimativa do conhecimento previsto para a educação básica.
Questões anuladas
Em 19 de novembro, o Inep anulou três perguntas do Enem 2025 após identificar relatos de possível vazamento em uma transmissão ao vivo no YouTube realizada dias antes das provas. Oito questões foram consideradas suspeitas, mas apenas três foram efetivamente retiradas. O instituto informou que não havia itens idênticos aos da prova, apenas similares.
Como funciona a TRI
O exame utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que atribui peso diferente a cada resposta certa. Se o candidato acerta primeiramente itens fáceis, depois médios e, em seguida, difíceis, o sistema entende que há domínio do conteúdo e atribui pontuação maior às questões complexas. Caso acerte apenas itens difíceis sem um padrão de coerência, a pontuação desses acertos diminui, considerando possibilidade de chute.
Imagem: um estudante no En não é o resultado
Palácios reforçou que, por esse método, a exclusão de algumas perguntas não compromete a precisão das notas nem a capacidade do Enem de estimar o nível de aprendizagem dos estudantes.
Com informações de Poder360

