São Paulo — O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta sexta-feira (5/12) que dará “apoio sempre” ao irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para representar o grupo bolsonarista na eleição presidencial de 2026.
“Meu irmão é meu irmão, vai ter meu apoio sempre. Ele pode contar comigo a hora que quiser”, afirmou Carlos, logo após receber o Colar de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Indicação comunicada por advogado
Apesar de Flávio também estar em São Paulo no mesmo dia, Carlos contou que os dois não conversaram pessoalmente. Segundo o vereador, ele soube da decisão do pai por meio de um advogado de Jair Bolsonaro, detido na sede da Polícia Federal em Brasília.
Reação ao mercado financeiro
Carlos comentou a queda de mais de 4% na Bolsa registrada após a notícia sobre a possível candidatura de Flávio. Para o vereador, o recuo estaria ligado à expectativa de redução da taxa de juros, atualmente em torno de 15%, o que afetaria determinados investimentos. “O mercado está preocupado com o dinheiro, não com o público”, disse.
Tarcísio e Centrão
Questionado sobre a chance de o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) disputar o Planalto, Carlos classificou o ex-ministro como “aliado” e “amigo”. “Se tiver algum problema, todo mundo vai se alinhar em torno do Tarcísio”, declarou. Ele também afirmou não se preocupar com o Centrão.
Discurso sem menção direta a Flávio
Durante a cerimônia na Alesp, o pré-candidato ao Senado por Santa Catarina não citou a indicação de Flávio. Em vez disso, contou um episódio familiar de 2000: aos 17 anos, decidiu concorrer à Câmara do Rio, enfrentando resistência da mãe, Rogéria Bolsonaro, o que, segundo ele, abriu caminho para a eleição de Flávio como deputado estadual posteriormente.
Imagem: Internet
Presença de Mário Frias e homenagens
A honraria foi entregue pelo deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP). Também homenageado, o deputado federal Mário Frias (PL-SP) elogiou a escolha de Flávio para a corrida presidencial e defendeu a união da direita em torno de Jair Bolsonaro.
Vídeos exibidos no evento trouxeram depoimentos do ex-presidente, gravado antes de ser preso, e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro. Emocionado, Carlos relatou visitas ao pai na prisão e alegou tratamento “desumano” ao ex-mandatário.
Protesto estudantil
No mesmo horário da cerimônia, cerca de 20 integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) protestaram em um corredor próximo ao plenário, com palavras de ordem contra a família Bolsonaro. A medalha concedida a Carlos é a mesma que, recentemente, foi entregue ao prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB).
Com informações de Metrópoles