O assessor Rui Bulhões foi exonerado do cargo de chefe de gabinete do então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), na terça-feira (16/12). A dispensa foi assinada pelo presidente em exercício da Casa, Guilherme Delaroli (PL), e publicada em edição extra do Diário Oficial.
A saída de Bulhões ocorre no mesmo dia em que ele se tornou alvo da segunda fase da Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal sob determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Durante a operação, agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do ex-chefe de gabinete e também na casa de Bacellar.
Na mesma ação, a PF prendeu o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Segundo as investigações, há indícios de que o magistrado tenha repassado informações sigilosas ao então presidente da Alerj sobre o inquérito que levou à prisão do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. Júdice Neto era o relator do caso no TRF-2.
TH Joias foi detido em setembro, acusado de atuar como braço político e operador financeiro da facção criminosa Comando Vermelho. Ele responde por crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção e negociação de armas. Na noite desta terça-feira (16/12), o ex-parlamentar foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília.
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Com informações de Metrópoles