O Escritório para Salvaguardar a Segurança Nacional da China (OSSNC) em Hong Kong reuniu-se neste sábado, 6 de dezembro de 2025, com representantes de veículos internacionais para adverti-los sobre o que classificou como “informações falsas” a respeito do incêndio que matou pelo menos 159 pessoas no complexo residencial Wang Fuk Court.
Segundo comunicado divulgado após o encontro, alguns meios de comunicação estrangeiros teriam “ignorado os fatos, distorcido o trabalho de socorro” e tentado “interferir na eleição do Conselho Legislativo”, marcada para este domingo (7.dez). Os nomes das empresas convocadas não foram divulgados.
O OSSNC fundamentou a convocação na Lei de Segurança Nacional, imposta por Pequim ao território em 2020. A legislação permite ao órgão adotar medidas para “fortalecer a gestão” de entidades estrangeiras, inclusive organizações jornalísticas. As autoridades chinesas também alertaram para a possibilidade de o desastre ser usado para “perturbar” Hong Kong.
Incêndio mais letal da história local
O fogo iniciou em 26 de novembro e atingiu sete dos oito arranha-céus do Wang Fuk Court, um dos maiores conjuntos habitacionais da região administrativa especial. As chamas foram totalmente controladas dois dias depois.
Em boletim divulgado na quarta-feira (3.dez), a polícia informou ter identificado 140 das 159 vítimas: 91 mulheres e 49 homens. A pessoa mais jovem tinha 1 ano de idade; a mais velha, 97. Outras 31 continuam desaparecidas. De acordo com as autoridades, muitos corpos ficaram carbonizados, dificultando a identificação.
Imagem: Reprodução/XInhua
Investigadores apontam falta de fiscalização e uso de materiais de baixa qualidade em uma reforma como fatores que aceleraram a propagação do fogo e dificultaram a fuga dos moradores. Treze pessoas foram presas sob suspeita de responsabilidade pelo desastre.
Com informações de Poder360

