Com a chegada do Dezembro Laranja, mês dedicado à prevenção do câncer de pele, especialistas reforçam que a proteção vai além de escolher um filtro solar. Em um país onde o tumor cutâneo responde por cerca de 33% dos diagnósticos de câncer e pode registrar mais de 220 mil novos casos anuais do tipo não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a atenção aos detalhes é determinante.
A dermatologista Priscila Câmara de Camargo alerta que o principal problema costuma estar na forma de uso do produto. “Muita gente compra um FPS alto e acha que está tudo resolvido, mas, se a aplicação é insuficiente ou irregular, a pele permanece vulnerável”, explica.
Sete erros que comprometem a fotoproteção
A médica listou os hábitos que mais prejudicam a eficácia do protetor solar:
1. Aplicar menos produto do que o necessário
Uma camada fina reduz o FPS que chega à pele. A recomendação é usar uma colher de chá cheia para rosto e pescoço e uma colher de sopa para cada área do corpo.
2. Não reaplicar no intervalo correto
O protetor perde eficácia com suor, água e degradação natural dos filtros. A reposição deve ocorrer a cada 2 a 3 horas ou logo após mergulhos e transpiração intensa.
3. Esquecer áreas sensíveis
Orelhas, nuca, dorso dos pés, lábios e couro cabeludo (em pessoas com calvície) costumam ser ignorados e podem desenvolver lesões.
4. Passar o filtro na última hora
Filtros químicos precisam de 15 a 30 minutos para agir. Aplicá-los apenas na praia ou piscina deixa a pele desprotegida nos primeiros minutos de exposição.
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5. Confiar apenas na maquiagem com FPS
Bases e BB Creams servem como complemento. Para alcançar o fator prometido, seria necessário aplicar muito mais produto do que o habitual. O protetor solar deve ser usado antes da maquiagem.
6. Utilizar produtos vencidos ou mal armazenados
Calor excessivo ou validade expirada comprometem a estabilidade dos filtros. É fundamental observar a data de vencimento e o prazo de uso indicado na embalagem.
7. Dispensa de proteção em ambientes internos
A radiação UVA atravessa vidros, e a luz azul de telas pode agravar manchas. Quem trabalha próximo a janelas ou passa horas diante do computador também deve aplicar protetor.
Priscila ressalta que corrigir esses deslizes, realizar autoexame regular e visitar o dermatologista pelo menos uma vez por ano são medidas essenciais para reduzir o risco de câncer de pele.
Com informações de Metrópoles

