Empresas listadas concentram 18% do PIB e geram R$ 2,1 trilhões em riqueza, aponta FGV

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Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), realizado em parceria com a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), indica que as 270 empresas com capital aberto no país foram responsáveis por R$ 2,1 trilhões em valor adicionado à sociedade em 2024, o equivalente a 17,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Intitulado “A relevância das companhias abertas na economia brasileira”, o levantamento foi coordenado pelo professor Márcio Holland, da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV EESP). O índice considera salários, impostos e pagamentos a fornecedores para medir o impacto dessas corporações, que representam uma fração ínfima dos mais de 21 milhões de CNPJs ativos no país.

Tributos e movimentação financeira

Em 2024, essas companhias recolheram R$ 639,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais — 23% de toda a arrecadação empresarial nacional. Somando salários, tributos e aquisições de insumos, o montante movimentado chegou a R$ 4,1 trilhões.

Emprego e remuneração

As empresas abertas mantêm 2,8 milhões de postos de trabalho diretos, com remuneração média mensal de R$ 10.250 — cerca de três vezes a média nacional de R$ 3.700. Ao todo, foram destinados R$ 344,3 bilhões a salários, benefícios e encargos sociais em 2024.

Campanha Gigantes S.A.

Para divulgar os resultados, a Abrasca lançou a campanha “Gigantes S.A.”. Durante evento em Brasília, em 2 de dezembro de 2025, representantes do Executivo, do Legislativo e do setor produtivo acompanharam a apresentação do estudo e a entrega de prêmios a empresas e parlamentares que apoiam o mercado de capitais.

Declarações

Segundo Márcio Holland, empresas listadas costumam adotar padrões mais rígidos de governança, transparência e inovação, fatores que impulsionam produtividade e crescimento. O presidente-executivo da Abrasca, Pablo Cesário, afirmou que fortalecer o mercado de capitais significa fortalecer o país. Para Rodrigo Moccia, que preside a Comissão de Relações Institucionais da entidade, a arrecadação gerada possibilita o financiamento de políticas públicas. Já Felipe Cabral, diretor de Relações Institucionais da Abrasca, destacou que os números evidenciam o papel das companhias abertas como motor da economia nacional.

Com informações de Poder360

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