Descartar papel higiênico diretamente no vaso sanitário é um hábito que deve ser evitado, adverte o encanador Alexandre Moura, profissional de uma empresa de desentupimento. Segundo ele, os sistemas de esgoto no Brasil — em casas com fossa ou ligados à rede pública — não foram dimensionados para receber resíduos sólidos.
Risco imediato de obstrução
Moura explica que o excesso de papel costuma ficar retido logo na curva do vaso sanitário. O acúmulo bloqueia a passagem da água e pode provocar entupimentos instantâneos. Mesmo quando o material passa pelo primeiro sifão, continua se compactando ao longo da tubulação, na rede principal ou nas caixas de passagem, até formar um bloqueio total.
O papel não se dissolve com facilidade
Dentro dos canos, o papel higiênico tende a se aglutinar, formando uma massa que impede o fluxo normal dos dejetos. “Ele cria uma bola dentro da tubulação”, detalha o encanador. Com o tempo, o volume aumenta e ocasiona vazamentos, mau cheiro e custos adicionais com manutenção.
Outros objetos agravam o problema
Imagem: Internet
Práticas comuns, como jogar fio dental, cotonetes e pedras sanitárias no vaso, intensificam o risco de entupimento. O fio dental, por exemplo, age como uma rede que retém o papel, favorecendo ainda mais o bloqueio.
Orientação
Para prevenir transtornos e preservar o sistema de esgoto, a recomendação é simples: papel higiênico e demais resíduos devem ser colocados na lixeira. “Cuidar do descarte é essencial para manter o encanamento funcionando e evitar problemas futuros”, conclui Alexandre Moura.
Com informações de Metrópoles

