Brasília, 4 de dezembro – O Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (4/12) uma nota de nove páginas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, que avançou 0,1%. O resultado ficou abaixo da mediana das projeções de mercado (0,2%) e da estimativa da própria Secretaria de Política Econômica (SPE), que aguardava crescimento de 0,3%.
Juros na mira do governo
No documento, a equipe econômica atribui parte da desaceleração à política monetária restritiva. A Fazenda afirma que os impactos defasados da taxa Selic, atualmente em 15%, esfriaram os mercados de trabalho e crédito, reduzindo o consumo das famílias de 1,8% no segundo trimestre para 0,4% entre julho e setembro.
Setores da economia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgação trimestral do PIB, a variação setorial foi a seguinte em comparação com o trimestre anterior:
- Agropecuária: 0,4%
- Indústria: 0,8%
- Serviços: 0,1%
- Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): 0,9%
- Consumo das famílias: 0,1%
- Consumo do governo: 1,3%
- Exportações: 3,3%
- Importações: 0,3%
Projeções para 2024 e 2025
O Banco Central estima crescimento de 2,0% para a economia brasileira neste ano, enquanto a Fazenda prevê 2,2%. Para 2025, analistas do mercado financeiro projetam expansão de 2,16%. A Fazenda, contudo, indica que o “viés de revisão” para o próximo ano é de alta, lembrando que o carregamento estatístico até o terceiro trimestre já é de 2,2%.
Imagem: Internet
No comunicado, o governo reconhece a menor expectativa de avanço nos serviços, mas espera revisão positiva para agropecuária e indústria. A perspectiva é de crescimento na margem também no quarto trimestre, impulsionado por leve melhora no segmento de serviços.
Com informações de Metrópoles

