Fiemg critica “timing” da reforma tributária e cobra prioridade para corte de gastos

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Brasília, 16.dez.2025 (terça-feira) – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirmou nesta terça-feira que o governo federal deveria ter colocado a reforma administrativa à frente da reforma tributária, promulgada recentemente pelo Congresso.

Durante almoço com jornalistas na capital federal, Roscoe reconheceu que a nova estrutura de impostos traz vantagens para a indústria, mas avaliou que a escolha do momento foi equivocada. “Houve maior equilíbrio entre os setores; sob essa ótica, a indústria foi favorecida. Sob a ótica de país, o Brasil perdeu. Se a reforma tivesse sido feita antes, talvez estivéssemos discutindo CBS e IBS maiores”, declarou.

Exceções e revisões

Segundo o dirigente, a redução da carga tributária é positiva, porém as exceções mantêm a indústria pagando mais que outros segmentos. Ele citou como ponto negativo a previsão de reavaliar os efeitos da reforma a cada cinco anos. Para a Fiemg, esse exame deveria ocorrer anualmente.

Importação de até US$ 50

Roscoe defendeu o imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, em vigor desde agosto de 2024. “Que país do mundo tributa o produto nacional em detrimento do importado?”, questionou, classificando a ausência de taxação como “crime de lesa-pátria” e criticando a concorrência de produtos chineses, tema que, segundo ele, justifica medidas antidumping.

Críticas ao arcabouço fiscal

O empresário também se posicionou contra o novo marco fiscal, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 31 de agosto de 2023. A norma permite que as despesas públicas cresçam entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. Para Roscoe, “o arcabouço fiscal está morto” e o foco do governo deveria ser a contenção de gastos, não o aumento de receitas.

As declarações reforçam a posição da Fiemg de que mudanças estruturais na administração pública são fundamentais para garantir equilíbrio nas contas e competitividade à indústria.

Com informações de Poder360

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