Haddad afasta aporte do Tesouro aos Correios e menciona empréstimo de até R$ 12 bilhões

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (16.dez.2025) que não está previsto, por ora, repasse de recursos do Tesouro Nacional aos Correios. Em conversa com jornalistas na sede do ministério, em Brasília, Haddad revelou que o plano em análise envolve um empréstimo que pode chegar a R$ 12 bilhões, concedido por um consórcio formado por cinco bancos.

Segundo o ministro, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil já apresentaram proposta de financiamento para a estatal, que enfrenta dificuldades financeiras. Haddad disse que a taxa de juros sugerida está dentro dos limites considerados aceitáveis pela equipe econômica.

Hoje, o teto de remuneração que permite garantia do Tesouro em caso de inadimplência corresponde a 120% do CDI. O ministro informou que o Tesouro está concluindo a avaliação do chamado plano de reestruturação dos Correios.

Prejuízos e decreto presidencial

No acumulado de janeiro a setembro de 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 6,1 bilhões. Para evitar que estatais não dependentes sejam reclassificadas como dependentes do Tesouro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou, em 9 de dezembro, decreto que permite a essas empresas apresentar plano de reequilíbrio econômico-financeiro quando julgarem necessário solicitar apoio da União.

Em 8 de dezembro, Haddad chegou a admitir a possibilidade de um aporte inferior a R$ 6 bilhões em 2025. Nesta terça-feira, entretanto, o ministro reiterou que, no momento, o governo trabalha exclusivamente com a alternativa de financiamento via bancos.

Com informações de Poder360

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