O Hamas afirmou nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, que só prosseguirá para a segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza se Israel cumprir uma série de exigências. O posicionamento foi anunciado por Husam Badran, integrante da ala política do grupo.
Entre as condições apresentadas estão a abertura de uma passagem fronteiriça, a interrupção dos bombardeios e o aumento imediato da ajuda humanitária destinada ao território palestino. Badran também pediu o fim da demolição de casas palestinas em zonas ainda controladas por forças israelenses e a execução completa de todos os termos da primeira etapa do pacto.
Pressão internacional
Segundo a emissora pública norte-americana PBS News, o Hamas enfrenta pressão de países como Catar e Turquia para manter a trégua. O governo dos Estados Unidos, chefiado pelo republicano Donald Trump, também cobra o grupo; o presidente já declarou que poderia usar força letal contra líderes do Hamas caso as hostilidades prosseguissem.
Acusações mútuas
Israel alega que o movimento islâmico violou o acordo, justificando recentes ofensivas como resposta a supostos ataques contra soldados ou civis que se aproximaram de áreas sob controle israelense. Autoridades de saúde palestinas, por outro lado, relatam vítimas civis — inclusive mulheres e crianças — em regiões classificadas como “zonas seguras”.
Conflito e impacto humanitário
A atual guerra começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas. A maioria dos reféns, vivos ou mortos, já foi devolvida.
Imagem: Internet
A Organização das Nações Unidas aponta que a ajuda humanitária que chega a Gaza é insuficiente. Nove em cada dez residências foram destruídas, além de 61% dos hospitais e 92% das escolas e unidades habitacionais, segundo entidades internacionais.
Com informações de Poder360

