Hugo Motta diz que relação com governo Lula teve “altos e baixos”, mas está estabilizada

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, que a convivência com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alternou momentos de tensão e entendimento ao longo do ano, mas se encontra, hoje, “estabilizada”. O comentário foi feito durante um café da manhã com jornalistas em Brasília.

“Tem os altos e baixos, e isso é natural, porque cada Poder tem sua forma de agir. Não está na Constituição que um Poder precisa concordar com o outro. Precisamos de harmonia e diálogo, mas não sou obrigado a apoiar tudo o que vem do Executivo”, declarou o deputado.

Fases de conflito

A relação Executivo-Legislativo ficou mais tensa em junho, depois da derrubada da medida provisória que alterava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em novembro, Motta não compareceu ao ato de sanção do projeto que isentou do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Divergências em torno do PL Antifacção e da proposta que reduz penas para envolvidos nos atos de 8 de Janeiro também contribuíram para o desgaste.

Apesar dos atritos, Motta esteve no Palácio do Planalto na quinta-feira, 18 de dezembro, para acompanhar a posse do novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, indicado pelo União Brasil com apoio do comando da Câmara. Segundo o parlamentar, o encontro ocorreu em clima de descontração.

Emendas e Orçamento 2026

Outro ponto de fricção foi a demora do governo em empenhar emendas parlamentares, o que retardou votações de projetos ao longo do ano. Motta disse que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está empenhada em regularizar os pagamentos e defendeu a aprovação do Orçamento de 2026 ainda em 2025 para evitar contingenciamentos em ano eleitoral.

“Acredito que até o fim do ano conseguiremos recuperar o tempo perdido e encerrar 2025 com a execução orçamentária em dia. Votar o Orçamento agora é essencial para garantir normalidade na liberação de recursos em 2026”, afirmou.

Com informações de Poder360

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