São Paulo – Cerca de 9.200 pessoas participaram, neste domingo (7.dez.2025), de um protesto contra o feminicídio na avenida Paulista, de acordo com levantamento do Monitor do Debate Político da USP e da ONG More in Common.
O ato, batizado de Levante Mulheres Vivas, teve concentração a partir das 12h no vão livre do Masp e se estendeu por três quarteirões, nos dois sentidos da via. Mulheres lideraram coros com palavras de ordem como “parem de nos matar”, “nenhuma a menos” e “mulheres vivas”.
A mobilização faz parte de uma série de manifestações programadas para pelo menos 23 capitais, incluindo Brasília, neste fim de semana.
Segurança e presença policial
A Polícia Militar acompanhou o protesto, que transcorreu sem registros de conflitos. Segundo o movimento organizador, a PM paulista chegou a negar efetivo para o evento, alegando coincidência de horário e local com um ato bolsonarista a favor da anistia dos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Após reunião no sábado (6.dez), a corporação voltou atrás e confirmou o policiamento.
Autoridades e organizações
Estiveram presentes a deputada federal Erika Hilton (Psol), o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), o vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT), além da bancada feminista do Psol, representantes do PSB, da CUT e de outros movimentos de defesa dos direitos das mulheres. Faixas com a inscrição “Lula 2026” também foram vistas, embora o Levante Mulheres Vivas se declare suprapartidário e independente.
Imagem: Internet
Contraponto bolsonarista
Manifestantes pró-Bolsonaro ocuparam a avenida Brigadeiro Luís Antônio após deixarem a Paulista, em direção oposta ao ato no Masp.
O protesto na capital paulista integrou uma agenda nacional que denuncia o avanço dos casos de feminicídio e cobra políticas públicas de proteção às mulheres.
Com informações de Poder360

