Brasília, 18.dez.2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou nesta quinta-feira (18.dez.2025) que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, solicitou de uma semana a um mês para dialogar com agricultores italianos antes da assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, programada para 20 de dezembro.
Segundo Lula, a conversa ocorreu por telefone depois de a Itália se alinhar à França na resistência ao tratado. “Ela não é contra o acordo, mas enfrenta pressão política dos produtores rurais”, relatou o presidente durante entrevista no Palácio do Planalto.
Condição italiana
Em nota divulgada após a chamada, o governo italiano declarou estar pronto para aderir ao pacto, condicionando a decisão às deliberações da Comissão Europeia. O comunicado sustenta que os termos podem ser definidos em curto prazo.
Data definida por Bruxelas
Lula ressaltou que a data de 20 de dezembro foi proposta pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O plano era votar o texto em Bruxelas no dia 19 e, em seguida, viajar ao Brasil para a cerimônia.
Negociação de 26 anos
Em discussão desde 1999, o acordo abrangeria 722 milhões de pessoas e movimentaria cerca de US$ 22 trilhões. O Mercosul, de acordo com Lula, está disposto a concluir as tratativas mesmo reconhecendo vantagens mais amplas para o bloco europeu.
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Pressão francesa
O chefe do Executivo brasileiro lembrou que a França mantém oposição histórica ao tratado. “Conversei várias vezes com o presidente Emmanuel Macron e até com Brigitte, pedindo para ele abrir o coração”, afirmou.
Próximos passos
Lula disse ter garantido a Meloni que levará o pedido de adiamento aos demais países do Mercosul. “O bloco decidirá o que fazer”, concluiu, manifestando otimismo quanto à possibilidade de assinatura.
Com informações de Poder360

