O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), condenou nesta terça-feira (9.dez.2025) a ocupação da cadeira da Presidência pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ). Segundo Motta, o parlamentar tentou intimidar a Casa e acabou “humilhado” ao ser retirado à força pela Polícia Legislativa.
Braga permaneceu sentado na cadeira desde o início da sessão como forma de protesto contra a votação do pedido de cassação de seu mandato, marcada para quarta-feira (10.dez). A representação foi apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024, sob a acusação de que o deputado agrediu Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
Em discurso no plenário após a retirada do colega, Motta declarou que “a cadeira da Presidência pertence à República, à democracia e ao povo brasileiro” e não pode ser usada como “instrumento de intimidação, espetáculo ou desordem”. O presidente da Câmara também afirmou que “quem tentou afrontar a Casa, encontrou uma instituição firme, serena e inegociável”.
Motta informou que determinou a abertura de investigação sobre possíveis excessos da Polícia Legislativa, que, durante a ação, empurrou deputados e jornalistas. No momento da intervenção, profissionais de imprensa estavam impedidos de entrar no plenário e a transmissão da sessão pelo YouTube foi interrompida. As imagens da confusão circularam posteriormente nas redes sociais de parlamentares.
Durante o pronunciamento, o presidente da Câmara defendeu o cumprimento do regimento interno, ressaltou que “deputado pode muito, mas não pode tudo” e reforçou a necessidade de proteger o Parlamento contra atos considerados abusivos. Motta disse ainda que a Casa “não se curvará” a condutas extremistas e que continuará a garantir a ordem durante os trabalhos legislativos.
Imagem: Internet
A sessão que decidirá sobre a cassação de Glauber Braga segue confirmada para quarta-feira (10.dez), conforme cronograma do plenário.
Com informações de Poder360

