A advogada Danyelle Galvão, companheira do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), assumiu a defesa de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, no fim de outubro de 2025. O operador é alvo da CPMI do INSS e está preso desde 12 de setembro.
Troca após tensão na CPMI
A substituição ocorreu logo depois da audiência de Antunes na comissão, realizada em setembro. Durante o depoimento, o então defensor Cleber Lopes discutiu com o relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), o que levou ao desgaste e posterior mudança de representação.
Perfil da nova defensora
Danyelle Galvão é juíza substituta do TRE-SP, cargo para o qual foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relacionamento com Dirceu começou pouco mais de um ano atrás; em março de 2024 ela esteve discretamente no aniversário do ex-ministro. Ambos preferiram não comentar a contratação.
Acusações que envolvem Lulinha
O caso tem repercussão política porque a Polícia Federal ouviu Edson Claro, ex-funcionário de Antunes. Ele afirmou que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, 50 anos, recebia pagamentos mensais de R$ 300 mil de pessoas ligadas ao operador, além de cerca de 25 milhões (moeda não especificada). Segundo o depoimento, Lulinha também teria viajado a Portugal com Antunes. Atualmente, o filho mais velho do presidente vive na Espanha.
A convocação de Edson Claro para depor na CPMI foi rejeitada em 2 de outubro de 2025 após resistência de parlamentares governistas. Mesmo assim, ele prestou depoimento à PF em 29 de outubro, cujos detalhes chegaram à comissão e apontam possível sociedade entre Lulinha e Antunes na empresa World Cannabis, suspeita de ser usada para lavagem de dinheiro obtido em fraudes com descontos associativos de beneficiários do INSS.
Imagem: Internet
Registrada em Brasília sob razão social Camilo Comércio e Serviços S/A (CNPJ 50.442.926/0001-05), a companhia atua oficialmente na venda de cannabis medicinal produzida em Portugal e mantém operações no Brasil, Portugal, Estados Unidos e Colômbia.
O Poder360 procurou todos os citados; não houve manifestação de Danyelle Galvão nem de José Dirceu, e o ex-advogado de Lulinha, Marco Aurélio Carvalho, classificou as acusações como “pirotécnicas e improváveis”.
Com informações de Poder360

