Levantamento do PoderData realizado de 13 a 15 de dezembro de 2025 indica que 51% dos eleitores acreditam que os preços de mercado aumentaram nas semanas anteriores à pesquisa. Em março, essa fatia era de 65%, o que representa retração de 14 pontos percentuais em nove meses.
No mesmo período, a parcela que afirma não ter observado mudanças nos preços subiu de 21% para 33%. Já o grupo que percebe queda nos custos passou de 7% para 10%.
A redução na percepção de alta coincide com as revisões do Banco Central para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025. No início do ano, projeções do Boletim Focus apontavam inflação de 5,50%, percentual que caiu para 4,40% na última edição.
Dados do IBGE divulgados em 10 de dezembro mostram que o IPCA acumulado até novembro se aproximou do centro da meta, refletindo menor pressão sobre itens de consumo frequente das famílias.
Apesar da melhora, a avaliação de que os preços seguem elevados continua majoritária. Fatores como dívida pública elevada e manutenção da taxa Selic em patamar alto são apontados pelo estudo como elementos que sustentam essa impressão.
Imagem: Internet
Recorte por eleitorado
Entre os entrevistados que declararam voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 41% dizem que os preços subiram e 39% relatam estabilidade. Já entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 65% percebem alta nos valores.
Metodologia
A pesquisa, custeada pelo próprio PoderData, ouviu 2.500 pessoas com 16 anos ou mais em 133 municípios das 27 unidades da Federação, por telefone fixo e celular. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Com informações de Poder360

