Pesquisa indica avanço na qualidade das rodovias em 2025, mas 62% permanecem com deficiências

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A edição 2025 da Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra redução na fatia de trechos classificados como ruins ou péssimos, que passou de 26,6% para 19,1%, o equivalente a 21.804 quilômetros. Apesar da melhora, 62,1% da malha avaliada ainda apresenta algum tipo de problema — somando as categorias regular, ruim e péssimo.

A condição regular manteve-se praticamente estável e representa 43% dos segmentos analisados, ou 49.092 quilômetros.

Custo logístico em alta

De acordo com a CNT, a qualidade do pavimento encarece em média 31,2% os custos operacionais do transporte rodoviário no país. Nas rodovias administradas pelo poder público, o impacto médio chega a 35,8%. Nas vias concedidas à iniciativa privada, o aumento é menor, de 18,4% em relação a um piso considerado ótimo.

A precariedade das estradas também provoca consumo extra estimado em 1,2 bilhão de litros de diesel por ano, gerando desperdício financeiro calculado em R$ 7,2 bilhões. Segundo a entidade, o montante poderia ser aplicado em políticas de transição energética, como renovação de frota e aquisição de caminhões elétricos ou movidos a combustíveis renováveis.

Renovação da frota

Com os R$ 7,2 bilhões citados, seria possível introduzir 7.023 caminhões da fase P-8 do Proconve na frota nacional, aponta a CNT. Em 2024, cerca de 300 mil caminhões e 25 mil ônibus em circulação tinham idade média superior a 20 anos e pertenciam à fase P-4, cujo limite de emissões de material particulado é 15 vezes maior que o da etapa mais recente.

Impacto em acidentes

Entre 2016 e julho de 2025, a Polícia Rodoviária Federal registrou 697.435 acidentes nas rodovias federais. O custo econômico desses sinistros foi estimado em R$ 149,6 bilhões, valor que engloba atendimento de emergência, danos a veículos, perdas de carga, interrupções no tráfego e impactos sociais, como afastamentos do trabalho e invalidez permanente.

A CNT observa que, embora parte dos acidentes decorra de falha humana, melhores condições de pavimento, sinalização e dispositivos de segurança poderiam atenuar a gravidade dos sinistros.

Com informações de Poder360

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