Uma manifestação convocada pelo movimento Levante Mulheres Vivas levou 9.200 pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo, 7 de dezembro de 2025, para protestar contra o aumento dos casos de feminicídio no país.
O número de participantes foi calculado pelo Monitor do Debate Político, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common. A contagem usou fotos aéreas analisadas por inteligência artificial, que indicaram o pico de público às 15h45.
Como foi a mobilização
Os manifestantes ocuparam os dois lados de três quarteirões em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em coro, mulheres repetiram frases como “parem de nos matar”, “nenhuma a menos” e “mulheres vivas”.
Entre os presentes estavam a deputada federal Erika Hilton (Psol), o deputado Guilherme Boulos (Psol), o ex-senador Eduardo Suplicy (PT), representantes da bancada feminista do Psol, dirigentes do PSB, CUT e outros movimentos sociais. Também foram vistas faixas com a inscrição “Lula 2026”, apesar de o Levante Mulheres Vivas afirmar caráter suprapartidário.
Método de contagem
A USP registrou 12 imagens em três horários: 14h30, 15h45 e 16h. Quatro fotos do período de maior concentração foram usadas na estimativa. O sistema Point to Point Network (P2PNet), desenvolvido pela Universidade de Zhejiang em parceria com a Tencent, identificou e contou cada cabeça visível nas fotos. A tecnologia, que tem precisão de 72,9% e acurácia de 69,5%, apresenta margem média de erro absoluto de 12%.
Para dar transparência, o conjunto de imagens foi disponibilizado ao público para verificação manual.
Imagem: Internet
Casos que motivaram o ato
O protesto ganhou força após uma série de crimes noticiados recentemente:
- A cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, encontrada carbonizada em Brasília em 5 de dezembro;
- Tainara Souza Santos, atropelada e arrastada na Marginal Tietê em 30 de novembro, que teve as pernas mutiladas e permanece entubada;
- O duplo homicídio de Allane de Souza Pedrotti Matos e Layse Costa Pinheiro, funcionárias do Cefet-RJ, morto no Rio de Janeiro.
Manifestações semelhantes ocorreram em outras capitais brasileiras no mesmo dia.
Com informações de Poder360

