O volume útil dos reservatórios que atendem a região metropolitana de São Paulo recuou para 24,6% nesta segunda-feira (8.dez.2025), prolongando a tendência de queda observada nas últimas semanas.
Em 24 de outubro, quando a Arsesp lançou um plano de contingência para reduzir o consumo, o nível estava em 28,7%. Desde então, o sistema segue enquadrado na faixa 3 do plano, na qual a Sabesp diminui a pressão da água por 10 horas diárias.
Próximos passos do contingenciamento
Caso o índice baixe de 22,8%, o tempo de redução de pressão passará a 12 horas (faixa 4). A alteração só ocorre se o nível permanecer abaixo do limite por sete dias consecutivos. Para retornar a uma faixa menos restritiva, são exigidos 14 dias seguidos acima da marca estabelecida.
Como funciona o volume útil
O volume útil corresponde à quantidade de água disponível acima do “volume morto”, reserva situada abaixo do ponto de captação normal e acessada apenas por bombeamento. A atual escassez é atribuída à falta de chuvas na região.
Faixas do plano de contingência
Faixa 1 (abaixo de 34,71%): revisão de transposições de bacias e campanhas de uso racional;
Faixa 2 (abaixo de 28,71%): redução de pressão por oito horas noturnas;
Faixa 3 (abaixo de 22,71%): redução de pressão por 10 horas;
Faixa 4 (abaixo de 16,71%): redução por 12 horas;
Faixa 5 (abaixo de 6,71%): redução por 14 horas;
Faixa 6 (abaixo de 3,29%): redução por 16 horas, captação do volume morto e ligações emergenciais para serviços essenciais;
Faixa 7 (abaixo de ‑3,29%): adoção de rodízio no abastecimento.
Imagem: Internet
Situação do Sistema Cantareira
Principal manancial da Grande São Paulo, o Sistema Cantareira abastece cerca de nove milhões de pessoas. Quando o plano entrou em vigor, operava com 24,2% de seu volume útil — o menor nível em nove anos. Agora, o índice caiu para 19,7%.
A Sabesp, privatizada em julho de 2024, mantém o monitoramento diário dos reservatórios e reforça orientações para uso consciente da água.
Com informações de Poder360

