Ruanda e RDC firmam acordo de paz em Washington sob mediação de Donald Trump

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WASHINGTON (4.dez.2025) – Os presidentes Paul Kagame, de Ruanda, e Felix Tshisekedi, da República Democrática do Congo (RDC), assinaram nesta quinta-feira (4) um acordo de paz para pôr fim aos combates no leste congolês. A cerimônia ocorreu no Instituto de Paz em Washington, recentemente rebatizado como Instituto de Paz Donald J. Trump, e foi conduzida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O pacto consolida um entendimento preliminar fechado em junho e resulta de meses de negociações coordenadas pelos Estados Unidos em parceria com a União Africana e o Catar. “É um grande dia para a África, um grande dia para o mundo”, declarou Trump antes da assinatura, afirmando ter encerrado “1 de 7 confrontos” em busca do Prêmio Nobel da Paz.

Conflito remonta ao genocídio de 1994

A crise entre os dois países está ligada diretamente ao genocídio de Ruanda, em 1994, quando milícias hutu mataram entre 500 mil e 1 milhão de tutsis, hutus moderados e indígenas twa. A fuga em massa de hutus para o então Zaire, atual RDC, levou à formação de grupos armados que permanecem ativos na região.

No leste congolês atuam mais de 100 facções, entre elas o M23, apoiado por Ruanda e considerado a mais poderosa. Em 2025, o M23 tomou as cidades de Goma e Bukavu, provocando nova onda de deslocamentos que já soma milhões de pessoas. Especialistas estimam que entre 3.000 e 4.000 militares ruandeses operem na área ao lado do M23; Kinshasa condiciona a paz à retirada dessas tropas e ao fim do apoio ao grupo.

Interesse econômico dos EUA

A região abriga vastas reservas de minerais estratégicos, fator que desperta atenção de Washington. Durante o evento, Trump anunciou que empresas norte-americanas “serão enviadas” aos dois países, acrescentando: “Todo mundo vai ganhar muito dinheiro”.

O acordo é visto como passo inicial para cessar-fogo duradouro, mas sua implementação dependerá do cumprimento de compromissos assumidos pelas partes, incluindo a desmobilização de grupos rebeldes e o retorno de deslocados.

Com informações de Poder360

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