A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) questionou nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de interromper a transmissão da TV Câmara e ordenar a saída de jornalistas do plenário.
O protesto de Sâmia foi publicado na rede social X pouco depois de seu marido, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), ser retirado à força pela Polícia Legislativa da cadeira da presidência da Casa. Braga ocupava o assento em manifestação contra o processo de cassação que tramita contra ele desde abril de 2024, quando o Partido Novo apresentou denúncia por supostos confrontos físicos com Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL).
Apesar de ter sido informado de que precisava deixar o posto, Glauber permaneceu no local até ser removido pelos agentes. “Eu vou me manter aqui firme até o final dessa história. Se o presidente da Câmara quiser tomar uma atitude diferente daquela que ele tomou com os golpistas que ocuparam essa mesa diretora e que até hoje não tiveram qualquer punição, essa é uma responsabilidade dele. Eu aqui ficarei até o limite das minhas forças”, declarou o parlamentar durante a ocupação.
Confusão no plenário
A retirada de Braga provocou confronto entre a Depol (Departamento de Polícia Legislativa), deputados e profissionais de imprensa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a sessão e a transmissão oficial pelo YouTube foi encerrada. No trajeto até o púlpito, onde o deputado falaria com a imprensa, repórteres relataram agressões; duas das vítimas são profissionais do Poder360.
Diante do episódio, Sâmia Bomfim questionou publicamente: “O que Motta quer esconder?”. A parlamentar cobrou explicações sobre o bloqueio da cobertura jornalística e as agressões registradas durante a operação.
Imagem: Internet
As consequências do protesto de Glauber Braga e a condução do processo de cassação seguem em discussão na Câmara dos Deputados.
Com informações de Poder360

