Servidor do Cefet que matou duas colegas tinha registro de CAC e usou pistola própria

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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apura como feminicídio o ataque que tirou a vida da diretora Allane de Souza Pedrotti Matos, 41 anos, e da psicóloga escolar Layse Costa Pinheiro, dentro do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 28 de novembro.

O autor dos disparos foi o servidor técnico-administrativo João Antônio Miranda Tello Ramos, que, logo após o crime, foi encontrado morto em uma sala próxima.

Arma registrada em nome do atirador

De acordo com a investigação, João utilizou uma pistola Glock calibre .380 registrada em seu nome. Ele possuía Certificado de Registro como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), documento que autoriza a compra e a posse desse tipo de arma.

Dinâmica do ataque

Testemunhas relataram que o servidor chegou ao campus pela manhã e cumprimentou colegas normalmente. Horas depois, na parte da tarde, entrou na Diretoria de Ensino e abriu fogo contra as duas vítimas. Allane foi baleada na cabeça e no ombro; Layse, na cabeça e no tórax.

As servidoras foram socorridas e levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiram aos ferimentos.

Suicídio é principal hipótese

Após a ação, João foi achado sem vida ao lado da pistola e de dezenas de munições. A principal linha de investigação da DHC é que ele tenha cometido suicídio.

Motivação investigada

Depoimentos colhidos pela Polícia Civil indicam que o atirador não aceitava ser chefiado por mulheres e demonstrava comportamento hostil com superiores do sexo feminino. Esse quadro embasa a apuração por feminicídio, tipificação aplicada quando o homicídio é motivado por condição de gênero.

Despedida e comoção

Os corpos de Allane e Layse foram sepultados no domingo, 1º de dezembro. O enterro da diretora ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, zona oeste da cidade. Já a psicóloga foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul.

Em luto, a comunidade do Cefet suspendeu as atividades acadêmicas no fim de semana. Professores e estudantes organizam homenagens e cobram reforço na segurança do campus.

Com informações de Metrópoles

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