Uma alternativa sem consumo elevado de energia para refrescar ambientes residenciais vem ganhando espaço no Brasil. Conhecido como poço canadense (ou provençal), o método foi detalhado em vídeo do canal Permacultura Holística e utiliza a temperatura estável do solo para resfriar o ar que entra nas casas.
Como funciona
O processo é simples: o ar externo penetra por uma abertura, percorre tubos ou galerias enterradas entre 40 e 70 centímetros de profundidade e, durante o trajeto, transfere calor para a terra mais fria. Ao chegar aos cômodos, o fluxo de ar já está mais baixo em temperatura, dispensando compressor, gás refrigerante ou alto gasto elétrico.
Impacto no conforto térmico
O sistema reduz a sensação de abafamento em quartos, salas e áreas de trabalho, sobretudo em regiões quentes ou residências com pouca ventilação. Mesmo em dias de sol forte, os ambientes mantêm temperatura mais estável. O desempenho melhora quando a solução é combinada com ventilação cruzada, sombreamento, uso de ventiladores e telhados frescos.
Princípio físico
O poço canadense baseia-se na geotermia rasa. Nessa profundidade, a oscilação térmica do solo é mínima, permitindo que o ar nos tubos troque calor com a terra e suba resfriado para dentro da casa, empurrando o ar quente para pontos de saída. A circulação pode ocorrer naturalmente ou ser reforçada por um ventilador simples instalado no percurso.
Materiais e instalação
O sistema pode ser construído com materiais novos ou reaproveitados, como PVC, solo-cimento, tijolos ou cerâmica. Entre os itens normalmente previstos estão:
Imagem: Internet
- Tubos ou túneis de ar instalados entre 40 e 70 cm de profundidade;
- Estruturas de tijolos ou cerâmica formando a galeria;
- Drenagem em “T” para remover a condensação;
- Camadas de plástico e pedras que evitam infiltrações;
- Opção de fechar a entrada de ar no inverno para “hibernar” o sistema.
O custo final varia conforme área atendida, tipo de solo, profundidade da escavação e mão de obra. Apesar do investimento inicial, a expectativa é de redução nas contas de energia e ganho de conforto térmico ao longo dos verões seguintes.
Com informações de Metrópoles

