O Ministério da Fazenda informou que o Tesouro Nacional definirá até esta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, se concederá empréstimo aos Correios. A possibilidade de aporte foi comentada nesta quinta (18) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante conversa com jornalistas em Brasília.
Haddad defendeu que a estatal permaneça pública, mas avaliou ser necessária uma parceria para viabilizar a reestruturação. “Já há empresas estudando, como a Caixa”, afirmou.
Garantia do Tesouro
O ministro destacou que qualquer operação de crédito dependerá do aval do Tesouro. Segundo ele, a Fazenda obteve uma “radiografia correta” da situação financeira da empresa somente após a nova gestão assumir, o que permitiu avançar em uma solução estrutural. “Não é empréstimo para adiar o problema; é para resolver”, declarou.
Natureza do serviço postal
Haddad explicou que o serviço postal costuma demandar subsídio, mesmo em países liberais, por causa da exigência de universalização. “A tarifa não paga uma carta que sai do Rio Grande do Sul para o Amazonas”, exemplificou. Ele observou que empresas privadas tendem a atuar apenas nas rotas mais rentáveis, enquanto o setor público garante cobertura nacional, razão pela qual o modelo estatal prevalece globalmente.
Imagem: Internet
Para equilibrar as contas, pontuou o ministro, operadoras postais no mundo inteiro agregam outros serviços. No caso brasileiro, a capilaridade dos Correios atrai o interesse de parceiros públicos e privados, possibilidade que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera “com bons olhos”, segundo Haddad, desde que não envolva privatização.
Com informações de Poder360

