O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2.dez.2025) que teve uma “conversa muito produtiva” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e declarou esperar “muitas coisas boas” da aproximação entre os dois países.
Em publicação na rede Truth Social, Trump relatou que o diálogo, de cerca de 40 minutos, tratou de comércio bilateral, cooperação contra o crime organizado internacional, sanções a autoridades brasileiras, tarifas e outros temas. “Estou ansioso para vê-lo e conversar novamente em breve”, escreveu.
Combate ao crime
Segundo o Palácio do Planalto, Lula cobrou medidas coordenadas para enfrentar facções transnacionais e citou operações em curso no Brasil voltadas a sufocar financeiramente esses grupos e rastrear suas ramificações no exterior.
Questão tarifária
Durante a ligação, Lula saudou a recente decisão norte-americana de suspender a sobretaxa de 40% que incidia sobre carne, café e frutas do Brasil, mas destacou que outros produtos ainda enfrentam barreiras e pediu agilidade nas negociações para eliminá-las.
As tarifas adicionais, de até 50%, foram impostas em agosto por ordem de Trump e afetaram especialmente o agronegócio brasileiro e setores de maior valor agregado. O processo de revisão começou após um encontro entre os dois presidentes em outubro, na Malásia, durante a cúpula da ASEAN.
Desde então, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, conduziram rodadas de diálogo no Canadá e em Washington. Em novembro, os EUA retiraram a sobretaxa de mais de 200 produtos brasileiros, embora parte do comércio bilateral permaneça impactada.
Imagem: Internet
Tensão regional
O interesse declarado de Lula em fortalecer o combate ao crime ocorre em meio a operações norte-americanas no Caribe, voltadas a embarcações suspeitas de tráfico de drogas, e a uma escalada de pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, que também influencia rotas criminosas na região.
Trump e Lula acertaram retomar a conversa em breve para acompanhar o andamento das negociações comerciais e das iniciativas de segurança conjunta.
Com informações de Poder360

