PEQUIM — O yuan negociado no mercado doméstico encerrou a terça-feira, 16 de dezembro de 2025, cotado a 7,0425 por dólar, a marca mais alta em 14 meses. O avanço, de cerca de 0,9% em relação a novembro, foi impulsionado pelo enfraquecimento da moeda norte-americana, pelo robusto superavit comercial chinês e pelo aumento da procura internacional por ativos denominados em yuan.
No mercado offshore, a divisa chinesa chegou a ultrapassar brevemente o patamar de 7,04, atingindo aproximadamente 7,035 por dólar.
Pressão sobre o dólar
O Índice do Dólar recuou mais de 1% no último mês, refletindo o ciclo de cortes de juros promovido pelo Federal Reserve. Investidores mantêm cautela quanto às contas públicas dos Estados Unidos e aos riscos de inflação de longo prazo, fatores que têm reduzido a demanda pela moeda norte-americana.
Exportações em recuperação
A melhora no câmbio também é atribuída ao desempenho externo da China. As exportações subiram 5,9% em novembro na comparação anual, de acordo com dados oficiais. De janeiro a novembro, o superavit comercial superou US$ 1 trilhão, recorde histórico que garante fluxo constante de divisas para o país.
Captação de recursos em yuan
O interesse estrangeiro por ativos denominados em yuan ganhou força. No fim do terceiro trimestre, os investidores internacionais detinham 10,42 trilhões de yuans (US$ 1,5 trilhão) em ativos chineses, o maior volume em quase quatro anos, segundo o banco Standard Chartered.
Imagem: dólar
Para Luo Zhiheng, economista-chefe da Yuekai Securities, o desempenho das exportações, o abrandamento das tensões comerciais e a procura crescente por ativos chineses tendem a sustentar a valorização da moeda em 2026.
Com informações de Poder360